Como é comum encontrarmos aquele velho amigo, rodeado de lindas donzelas, em uma exuberante exibição de seu poder masculino… enquanto as velhas mulheres que param de menstruar se desfiguram deixando de se embelezar.
A cultura e os códigos de crenças desfiguram a beleza da sabedoria feminina em detrimento de uma única função: a reprodução. Nós mulheres somos belas e donzelas até que o tempo de amadurecer nos leva ao pico de um entardecer e lá nos quedamos dignas de um engano: não mais nos valorizamos.
Somos belas e formosas, sim, e dentro de nossas forças voluntariosas de vemos encontrar o crédito da força criativa que nos levou até este ponto da vida.
Desqualificadas pela força do inconsciente coletivo, acreditamos e quase nos matamos bem antes do tempo de morrer. A menopausa é o tempo da pausa, do deleite e descanso, do desfrute com todo encanto de um tempo de simplesmente ser e viver o que sem culpas podemos merecer.
A diferença e toda a crença se separam pela disparidade de serem os homens andropausicos, lobos feroses atrás de presas jovens para lhes trazer de volta a confirmação da força e lhes devolver a virilidade. A natureza masculina caçadora, corre atrás e com destreza da comprovação de que ainda pode sentir-se em ação.
Enquanto as mulheres de jeito encomendadas se perdem nas negatividades e se jogam de cabeça na “desgraça” da idade.
As crenças inadequadas são como enchente de enchurrada e trazem para nós toda sorte de um algoz. E mesmo que teu corpo te mostre o oposto, tua culpa sem a possibilidade da cura te entorpece em um movimento de pouca ação em detrimento de uma culpa no tempo.
Vai mulher de menopausa viver tua vida em toda a causa, ser livre e gostosa, voluntariosa e toda prosa, esquece tua dor da perda, e dentro da verdade vive teu sexo em liberdade. Vê a beleza da idade sendo plena em lealdade a ti mesmo por tudo que vivestes até esta idade. Te orgulha de ti mesma e aceita com amor aqueles sinais que, no inconsciente coletivo lidamos com muita dor. Te cuida, e te abraça, faz do tempo um troféu e “rosna braba” para quem fizer troça ao te ver sem o véu.
E aos homens que se enganam, deixemos eles viverem o ledo engano. A idade é a mesma, e muitas vezes, toda empolgação inicial traz tristeza no final.
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